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Ola

você que está entrando agora nesse meu mundinho desejo-lhe boas vindas

domingo, novembro 30, 2008

Mariam Laila Lela

Notícia: Outubro de 2008 autoridades paquistanesas deram prazo até domingo para que os refugiados afegãos retornassem a seu país. A maioria dos refugiados está em situação irregular, muitos atravessaram ilegalmente a fronteira.

Acabei de ler o livro "A Cidade do Sol" de Khaled Hosseini o mesmo autor de "O Caçador de Pipas".


Khaled nasceu em Cabul capital do Afeganistão e é embaixador da UNHCR - Agência das Nações Unidas para Refugiados. (http://www.unrefugees.org/)




A Cidade do Sol é a estória do cotidiano do Afeganistão de quatro décadas (de 1959 até 2003) de vida de duas mulheres Laila e Mariam.

São emoções humanas brotando página após página com detalhes da luta pela sobrevivência na cidade de Cabul em um país devastado pela guerra.

Lela mulher brasileira. Analisa sua vida como? Acha que sofre? Reclama por qualquer coisa? Ônibus cheio? Falta de dinheiro?

Nós brasileiras de um modo geral somos descriminadas em nosso trabalho e ou em nosso lares?

Rogo-lhes a todas leiam esse livro!! Com certeza no final da leitura sentir-se-ão privilegiadas por viverem em nosso país. Serem amadas e aduladas justamente por serem mulheres.

Alguma vez alguma de vocês imaginaram-se vestindo uma burca? O traje é simplesmente um resumo de tudo que aquelas mulheres afegãs são tolhidas.

Temos que avaliar essa situação:

Notícia: Os próprios refugiados afegãos pediram para que não se identificassem os talebans com o povo afegão. O escritor afegão Tamim Ansary, há trinta anos morando em São Francisco, afirmou: "Os talebans e Bin Laden não são afegãos. Muito menos representam o governo do Afeganistão.
Quando falamos dos talebans, devemos pensar nos nazistas.
Quando falamos de Bin Laden, devemos pensar em Hitler.
Olhando o povo do Afeganistão, devemos lembrar os judeus nos campos de concentração. Os afegãos são as vítimas dos talebans. Há mais de 500 mil órfãos sem condições de trabalhar no Afeganistão, país sem economia e sem comida.

Posso ser tudo que quero!! (Leia o livro que entenderá essa frase!!!)
Agradeço minha vida imensamente todos os dias e depois da leitura desse livro multiplicarei por um milhão meus agradecimentos.
Desde já façam o mesmo.



domingo, novembro 23, 2008

Viagens no tempo

Lento, lento, muito lento...

Chega a hora da partida tão esperada. Ela olha para o cais e avista sua mãe apreensiva.

A tripulação desfaz as amarras e os apitos longos do navio anuncia a despedida. Ela pensa em seus dias nesse palácio flutuante em alto mar: jantares, jogos no cassino, passeios no deck, festas, shows e bailes. Cada dia e noite um entretenimento organizado e divertido, desembarcando finalmente em terras desconhecidas.

Muitos despedem-se de seus amigos e parentes, outros apenas estão lá por nada terem a fazer. Todos os lenços e echarpes agitam-se numa longa fila triste, seus corações batem descompassadamente.

Os lenços lentamente desaparecendo e na cabeça dela uma confusão de perdas e encontros, solidão e esperança.

Seus pensamentos encontram-se, no amplo salão do navio. Está dançando uma valsa de Strauss com seu longo vestido rose blanche, sem mangas, amplo decote ombro a ombro especialmente confeccionado para essa viagem que, anos após anos, habitou seus sonhos jovens de menina mulher solteira. Longas luvas de cetim, quase do mesmo tom do vestido, cobrem suas mãos até depois dos cotovelos. Está feliz, muito feliz, rodopiando com seu par em seu conjunto preto, gravata borboleta, faixa de cetim na cintura e sapatos de verniz preto.

Quando ele se aproximou e a convidou para a dança seu coração pulsou tão forte quase encobriu o som da orquestra.

Todos na distante faixa de terra ficaram do tamanho de formigas agitadas. Ela fecha seus olhos num momento total de desapego e, assim que os abriu, deparou-se com um jovem de pele muito branca com cabelos e bigodes negros fitando-a entre admirado e surpreso.

Bastou isso par ela saber, sim era ele... seria amada para sempre. Um amor lindo e eterno.

Rápido, rápido, muito rápido...
Ela chega no balcão da compania escolhida correndo. Está muito atrasada, quase perde o check-in. Seus pertences quase caem pelo caminho e a bagagem ainda para ser despachada. Procura seu voucher e não o encontra. Entra em pânico e lembra que para sua sorte e de seus amigos não avisara ninguém de sua viagem. Não suporta despedidas, mesmo porque não tinha
tempo para isso.

Sem despedidas. Nenhum pensamento de perda, de encontro, nada. Na cabeça dela apenas um pensamento fugaz: sua viagem será rápida, muito rápida com o roteiro previamente estabelecido, não quer e não precisa ter esperança de nada.

Programou essa viagem numa noite quando navegava pela internet, vendo as fotos do lugar soube que iria em suas férias na semana próxima.

No avião seu pensamento encontra-se no destino planejado. Está feliz muito feliz, dançando ao topor da vodka. Alguns já notaram sua presença. Seu jeans, desbotado e surrado, tão odiado por sua mãe e quase colado acentua suas curvas, mas ela ainda não se interessou por ninguém.

Seus olhos ávidos e acostumados à busca de prazer encontra um belo corpo masculino. Os músculos dele chamou sua atenção. Uma paixão, um descompromisso em terras longínquas... nada mal.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Plaft - Plath

Por que as obras póstumas sempre fazem mais sucesso do que quando os artistas estão vivos? Preferimos a tragédia ?

Sylvia Plath nasceu em Boston e obteve sucesso depois da repercurssão de seu suicídio em 1963. Tinha apenas 30 anos de idade e morreu silenciosamente abrindo o bico do gás de cozinha em seu apartamento gélido londrino e Plaft, não Plath colocou o fim finalmente em sua vida depois de três tentativas frustradas. Deixou dois filhos pequenos que dormiam no dia de seu suicídio e uma vida inteira pela frente que poderia ser brilhante. Deixou também seus diários que muitos foram destruidos pelo marido após sua morte. Esses diários começaram a ser escritos quando ainda ela era criança!!

A Plath não Plaft em seus poemas botava toda sua angustia, seu tormento, desespero e raiva contra os homens, foram lidos pelo mundo todo devido ao alto nível técnico.

Estou lendo "Redoma de Vidro" que foi o único romance publicado e com um pseudomino de Victoria Lucas. Trata-se de um livro autobiográfico onde a personangem principal Esther Greenwood, nos anos 50, tinha tudo para ser feliz e entra em uma depressão profunda, tentando o suicidio indo parar como interna em uma clínica psiquiátrica.

A maneira que Plath escreve é encantadora, brilhante, envolvente e faz com que viajemos em sua loucura. A leitura desse livro aguçou minha curiosidade em saber um pouco mais sobre ela e sobre o por quê as pessoas chegam a este estágio de neurose.

A depressão dos suicidas é crônica?
Parece um tema um tanto quanto mórbido, mas sabemos que essa estória está intimamente ligada a sua história o que faz com que sua obra antes de qualquer outro adjetivo seja classificada como genial.

Plath suicidou-se e sua morte continua sendo um mistério. Tudo que ela sofreu em vida transformou-se em uma obra que ninguém seria capaz de imitar. A angústia, a solidão entre outros temas são descritas em um ritmo alucinante.

Para ela valeu a pena o suicído pois recebeu as glórias da fama, mas tantos outros que não conseguem o mesmo final!!
Muitos morrem psicologicamente e não fisicamente, mas isso seria também um suícidio?

A idéia de não conseguir atingir a felicidade seria um motivo? Valeria a pena enumerar os motivos que levariam uma pessoa cometer esse ato?

A sorte que no livro essa tentativa e a internação foram para Esther um renascimento, mas ainda não cheguei no final faltam apenas vinte e quatro páginas que estou tentando duplicá-las por que não queria que o livro terminasse.
Faça como eu leia ...

domingo, novembro 16, 2008

Inveja Ripley

Acabei de ler " O sol por testemunha " de Patricia Highsmith.

Ela é americana nascida no Texas e foi na Europa que viveu a maior parte de sua vida. Manteve relações sexuais com uma variedade de mulheres e era atormentada por sua personalidade camaleonica, daí seus romances com uma marca psicológica forte de seus personagens.

Seu primeiro romance foi adaptado para o cinema por nada menos que Alfred Hitchcock!!

Sempre tive preconceito na leitura de clássicos americanos e pior ainda quando se trata de um gênero como o dela policial, ficção criminal. Ela usa como mote o crime, mas o romance mergulha nos aspectos psicológicos do personagem principal que no caso é o Tom Hipley.

No cinema esse personagem foi interpretado pelo Alain Delon e, posteriormente, por Matt Demon. Assisti a segunda versão, mas dizem que a primeira é muito melhor pois Alain Delon encarna a essencia do personagem que era cometer os crimes e não se arrrepender.

Esse livro é um clássico do suspense, um romance denso onde não conseguimos desprender nossa atenção da primeira até a última página, imaginando de como será o final de um ser amoral como Ripley e seu plano mais que diabólico.

O pai de Dickie Greenleaf que mora na Europa pede ajuda para Tom Ripley para trazer seu filho de volta aos EUA e daí vem toda a trama.

Resolvi postar sobre esse assunto por causa da inveja.

Ripley sentia inveja e desejava as pequenas coisas de Dickie. Uma blusa velha, um sapato mais que usado, até os gestos, a maneira de falar, a postura do amigo, e principalmente, o dinheiro, ou melhor o que o dinheiro de Dickie poderia proporcionar: jantares em restaurantes famosos, hospedar-se em hotéis suntuosos e viajar por toda a Europa. E para manter tudo isso acaba cometendo um crime atrás do outro. Vale a pena ler o livro.


Tem pessoas que sentem inveja por alguma coisa da gente e não sabemos, não conseguimos entender o por quê desse sentimento, pois pensamos que não temos nada que possa gerar uma coisas dessas. Eu mesma já vivi um terror desses há um tempo atrás e não entendia, ou melhor, procurava não entender, pois parecia que se eu entendesse eu acabaria sendo sugada pela pessoa que não passava de uma Vampira.

Depois de muito tempo acabei compreendendo...
Nossa essência ninguém consegue imitar, ninguém nunca conseguirá nos tirar e esses vampiros ficam desesperados por que querem ser como agente, e aí fazem coisas absurdas, inimagináveis, tem idéia fixa, o que muitas vezes, se não estivermos muito bem amparados espiritualmente e psicologicamente, nossas vidas atrasam, andam para trás, ou como no caso do Dickie que acabou sendo assassinado.

Devemos ficar muito espertos contras os vampiros, contra os Ripleys que nos cercam.









sábado, novembro 08, 2008

Termosexuais

Segundo o antropólogo Luiz Mott um homossexual a cada dois dias é brutalmente assassinado vítima de homofobia que ainda predomina na sociedade brasileira.

Escrever a respeito desse assunto pareceu-me muito repetitivo e no meio de minhas reflexões esbarrei com um tema paralelo a esse e na minha opinião até mais interessante.

Leiam e vejam o que acham!!

O assunto que escolhi são os termos usados para denotar a homossexualidade masculina nos séculos XIX, XX e XXI.

No Brasil colonial e também em Portugal o termo "puto" era empregado para referir-se ao moço que se prostituia ao vício daos sodomitas (pessoas que praticam sexo anal com seus parceiros).

No final do século XIX tornou-se popular o termo "fresco" para os homens ditos "efeminados" que também é um outro termo, que buscavam prazeres sexuais com outros homens nas ruas do Rio de Janeiro como Largo do Rossio e depois Praça Tiradentes.

O termo "fanchono" foi também muito utilizado designando os migrantes que chegavam no Rio de Janeiro e as ruas eram os locais preferidos para encontrar seus parceiros sexuais.

Em algum momento da década de 1920 o termo "viado" uniu-se aos epítetos "puto" e "fresco" e dizem que tal termo foi popularizado devido a uma estória que aconteceu na época narrada por um policial.

Tal policial tentou prender um desses homens pelas ruas do Rio de Janeiro mas não teve sucesso e contando a façanha para o chefe diz: "Impossível prendê-lo o diabo corre mais do que um veado" referindo-se ao animal.

E o termo "24" ou "3x8" também muito usado refere-se ao veado do jogo de bicho.

Nos anos 30 surgiu o termo "bicha" apesar de outros significados, inclusive parasita intestinal, ainda permanece até hoje referindo-se pejorativamente a esses indivíduos.

Inclui-se também "bicha sucesso", "bicha bacana", significando respectivamente o que leva uma boa vida e o que tem uma boa conta bancária.

A explicação para esse termo seria uma derivação espirituosa de "biche" em francês que justamente é a corsa ou seja a femea do veado.

Os concursos de miss nas décadas de 50 e 60 propiciaram o aparecimento do termo "boneca" que seria uma caricatura mal feita das mulheres.

O termo "entendido" foi largamente utilizado, segundo antropólogos, descreve um homossexual de classe média tradicional no início dos anos 70 que rejeitam os termos pejorativos, era menos afetados e bem mais resguardados.

Por volta de 1976 o termo inglês "gay" entra no léxico popular e graças a revolução sexual e os movimentos gays europeus ofereciam formas diferentes de pensar e agir deles e da sociedade que não os tratam como doentes merecedores de curas e sim como pessoas que tem interesses sexuais diferentes.

Podemos considerar essa evolução dos termos como uma evolução também do comportamento?
A permanêcia de alguns dos termos citados não seriam reflexos dessa sociedade preconceituosa?

domingo, novembro 02, 2008

Fora!! o que nao faz sentido...

Não há nada mais misterioso e divino do que o passado, presente e futuro.

Já imaginou o tempo em que não havia televisão? que não existia internet? Como todos faziam para saber das coisas? Era o boca a boca ? Eram todos analfabetos digitais?

Mas existiam os profetas tentando adivinhar, desvendar o futuro ou seriam eles viajantes atraves do tempo trazendo novidades que naquele momento para todos eram surreais e hoje, no presnte são tão banais como o celular, o computador?

E você pensa no futuro? Procura cartomantes, joga buzios? ou sei lá mais o que para saber se irá viajar, ganhará dinheiro ou conhecerá o verdadeiro principe encantado?





Eu insisto tanto em pensar somente no meu presente...


Os jovens pensam somente no agora, mas pára!! Não sou tão jovem assim e somente pensar em meu presente deixa de ser aceitável.

Quantas e quantas vezes ouvi que devo ter bons hábitos hoje para não sofrer as consequencias no amanhã: alimentar-me bem, dormir bem, praticar alguma atividade física, poupar para aumentar meu patrimonio, ou seja, planejar para evitar desastres pessoais.

Acabei não sendo tão esperta assim e fui deixando tudo para o futuro... esse futuro, o meu futuro passou ser meu agora e tornou-se mais imediato...

Estou velha? Me peguei pensando nisso hoje!! No futuro das mulheres na sociedade; no futuro da música... Como dançarei daqui há dez anos? E o mundo digital e a tecnologia como evoluirá?

Tive que pensar: " O futuro é igual ao presente tirando dele as coisas que não fazem mais sentido".

Pensando assim tudo fica mais prático e eu sou prática, mas...já tiramos tanta coisa desse nosso planeta...e não podemos tirar no presente mais do que já tiramos no passado, mas sou otimista e penso: " Saberemos como aproveitarmos de todo esse lixo que produzimos"!!

sábado, novembro 01, 2008

100 visualizações


Se você ainda não visualizou meu blog !! Tá perdendo...